domingo, 16 de dezembro de 2012

Russian Imperial Stout - Wäls Petroleum


Olá apreciadores e apreciadoras, 

O Petroleum é nosso!

Calma pessoal, o post de hoje não é sobre os royalties ou produção de petróleo, e sim da cerveja Wäls Petroleum, uma obra-prima com receita inicial da cervejaria paranaense Dum e releitura para produção em maior escala pela mineira Wäls.


A Petroleum produzida pela Dum e a produzida pela Wäls possuem algumas leves diferenças. Infelizmente a produção da cervejaria Dum é limitada, o que dificulta a distribuição fora do estado, além de que, para produzir a cerveja em questão demora aproximadamente 2 meses. Já a produção pela Wäls demora 1 mês, por sua maturação ter um tempo menor, e sua escala é maior. Mesmo assim esperamos quase um mês para encontrar essa cerveja.

Outra diferença entre as duas é a carbonatação, a Dum realiza a carbonatação forçada, que é a injeção de gás carbônico antes de engarrafar, enquanto a Wäls utiliza a técnica de priming, carbonatação na garrafa com adição de fermento. (Vide video: Mestre-Cervejeiro.com)

Experimentamos a Wäls Petroleum, que pertence ao estilo Russian Imperial Stout, um tipo de cerveja escura, bem lupulada e alcoólica, que possui essas características para suportar as viagens da Inglaterra a Russia, onde era comercializada.

A Wäls Petroleum tem uma apresentação muito bonita, desde a garrafa rolhada até colocá-la no copo. É muito licorosa e encorpada, de coloração preta e opaca, apresenta uma boa carbonatação e boa formação de espuma que é cremosa, abundante e escura. No fundo da garrafa é possível observar a deposição de levedo.

Desde a abertura da garrafa já se sente o aroma muito forte e complexo, com o adocicado de chocolate, misturado com café e malte torrado. Os mesmos toques estão presentes no sabor, com retrogosto do malte torrado, que fazem os 70 IBU (unidade internacional de amargor) parecerem suaves.

A cerveja é tão densa e viscosa que a parede do copo fica borrada e o volume alcoólico de 12% passa despercebido. A receita leva aveia que confere parte do corpo da cerveja e adição de cacau belga na maturação que traz um grande diferencial para o sabor.


Harmoniza muito bem com o clássico bolo de cenoura com cobertura de chocolate, que suaviza o amargor deixado pelo malte torrado. A garrafa de 375 ml custa cerca de R$ 16,00 e apenas encontra-se em lojas especializadas. 

Aprecie com qualidade!

Cacá e Tassa.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Strong Lager - Faxe

Olá apreciadores e apreciadoras, 

Hoje temos duas cervejas excelentes que ganharam não só o  nosso respeito, mas também dois novos fãs.
Ambas produzidas pela Faxe Bryggeri, uma cervejaria dinamarquesa que vem ganhando espaço no mercado brasileiro.

Famosa por suas latas de 1 L, a Faxe no Brasil é facilmente encontrada nas versões Faxe Premium (lata branca) e Faxe Royal Export (lata azul), porém em algumas lojas especializadas, é possível encontrar outras versões como Faxe 10% e Faxe Royal Strong (latas pretas).

Degustamos a Faxe Royal Export, uma das mais leves, e a Faxe 10%, a mais alcoólica da cervejaria. E tivemos uma surpresa!


Achávamos que, por serem vendidas em latas de 1 L a um preço não tão abusivo, seriam cervejas leves e não muito complexas. Entretanto se mostraram bem diferente disso, iremos descrever cada uma aqui neste post. 

Faxe Royal Export

Uma larger, feita com malte de cevada, lúpulo, cereais não maltados, glicose, leveduras e água. Cerveja muito gostosa, de coloração amarelo ouro e translúcida. Tem uma boa formação de espuma no começo, porém não duradoura. É adocicada e de boa carbonatação. 


O sabor do lúpulo e do malte são evidentes e bem equilibrados. Uma ótima opção para quem está entrando no mundo das cervejas especiais. Possui 5,6% de volume alcoólico e pode ser encontrada em latas de 1 L por R$ 12,90.

Faxe 10% 

A lata preta de 500 mL, bem chamativa, evidencia logo no rótulo os 10% de volume alcoólico, grande diferencial dessa cerveja.

O título "Extra Strong Beer" não mente sobre o conteúdo da lata. Para se ter uma ideia, tomar uma lata dessa equivale a 2,5 doses de uísque. Sente-se o álcool saindo pelas narinas como ao beber destilados. Seu alto teor alcoólico conferido pela adição de glicose, a enquadra no estilo Malt Liquor.

Tem coloração alaranjada, sendo bem translúcida. Apresenta um amargor residual, sabor e aroma adocicados do malte ainda mais presentes que na Royal Export. Quanto a carbonatação é boa, assim como a primeira. Apesar de se tratar de uma Malt Liquor, a Faxe 10% não apresenta corpo.
Uma cerveja bastante saborosa que, na nossa opinião, deve ser experimentada. A lata pode ser encontrada por R$ 6,90.


A Faxe apresenta latas chamativas e boas cervejas, e o melhor de tudo, a preços convidativos!

Aprecie com qualidade, 

Cacá e Tassa.


domingo, 2 de setembro de 2012

Hefeweissbier - Valentins

Olá apreciadores e apreciadoras,

O post de hoje é para os fãs de cerveja de trigo!


Vamos falar sobre a alemã Valentins Hefeweissbier, mais uma puríssima e não filtrada cerveja de trigo. Para quem quiser relembrar um pouco sobre o estilo veja o post Weizen - Bamberg.

Produzida no sul da Alemanha e com mais de 100 anos de existência, essa cerveja ganhou ouro em 2012 no prêmio alemão de qualidade DLG.

A Valentins apresenta uma coloração amarela escura e bem turva, fazendo valer a denominação Hefe. A espuma tem boa formação e densidade porém não possui boa duração como outras de trigos que já experimentamos. Possui aroma de maça e banana típico de uma cerveja de trigo! 

No paladar, gosto forte de trigo e frutas cítricas, além de uma acidez considerável e 5,3% de teor alcoólico. 

Essa cerveja nos fez lembrar bastante dos chopps de trigo que bebemos na Oktoberfest em Blumenau, no entanto, apesar de ser uma boa representante do estilo, não é uma cerveja tão marcante. Nem por isso é uma cerveja ruim, e apresenta um ótimo custo-beneficio, R$5,90 a lata de 500 ml.



Aprecie com qualidade!!!

Cacá e Tassa.


domingo, 26 de agosto de 2012

Märzen - Rothaus Märzen Export

Olá apreciadores e apreciadoras,

Para os que gostam de lagers hoje temos um ótimo rótulo!

A Rothaus Märzen Export é uma cerveja lager da escola alemã, do tipo Märzen. Antes de falar sobre o estilo Märzen, vamos explicar o que é escola alemã.

A escola alemã é definida pelo seu conservadorismo, ilustrado pela Lei da Pureza de 1516, que chega a ser quase um código de honra para os cervejeiros alemães e consiste em utilizar apenas quatro ingredientes: malte, lúpulo, levedura e água. (Lembrando que o trigo maltado também é malte!) 

Qualquer aroma ou sabor da cerveja deve ser proveniente de alterações no malte, lúpulo ou levedura, muito diferente da escola Belga por exemplo, em que é permitida a adição de diversos adjuntos ( frutas, chocolate, essências, castanhas, açúcar, cereais não maltados, etc.).

O estilo Märzen, surgiu na Alemanha, há mais de 200 anos. São cervejas produzidas no mês de março para serem consumidas no verão. No início tinham coloração âmbar, amarronzada e com o tempo e preferência do público, foram clareando. São mais alcoólicas, com presença marcante do malte que sobressai ao lúpulo.

Muitas vezes os estilos Oktoberfest bier e Vienna são agrupados junto ao Märzen por terem surgido paralelamente, no entanto com o tempo foram ocorrendo mudanças nos estilos e hoje possuem características distintas.

Agora vamos a cerveja!


A Rothaus Märzen Export segue os padrões do estilo. Seus 5,6% de álcool, amargor mediano e sabor e aroma forte de malte é um perfeito exemplo das Märzen bier. A cerveja possui uma boa carbonatação, porém com espuma de pouca durabilidade. Sua coloração é amarela-alaranjada. O que mais destaca na cerveja é seu aroma adocicado e toques de mel que são conferidos pelo malte.

Aprecie com qualidade!

Cacá e Tassa!


domingo, 19 de agosto de 2012

Cream Porter - Way

Olá apreciadores e apreciadoras,

Depois de um tempo de ausência, voltamos como uma seleção de cervejas muito boa para vocês.

Nessas férias participamos de um mini curso de cerveja com duração de cinco dias e palestras de profissionais de cervejarias de grande porte e também micro-cervejarias artesanais. Em breve contaremos nossa experiência aqui no blog.

A cerveja de hoje é do mesmo estilo do nosso último post, uma Porter! Para relembrar é só acessar o post da 3 Lobos Bravo.

A Way é um a cervejaria paranaense, na região de Curitiba. Uma micro-cervejaria que chegou ao mercado em 2010, através do Festival Brasileiro de Cervejas em Blumenau-SC. Produz poucos rótulos como: Premium Lager, Cream Porter, Irish Red Ale, American Pale Ale e Amburana Lager.
A Way Cream Porter é um tradicional cerveja da escola Inglesa, onde o lúpulo adicionado tem característica de conferir mais amargor do que aroma ( Exemplos: Indian Pale Ale, Pale Ale, Irish Red Ale, etc. ). A ausência de aroma do lúpulo no caso dessa cerveja é substituído pelos fortes aromas de café, chocolate e caramelo do malte tostado, que persistem durante toda a degustação.

Em sua receita é adicionada aveia, o que deixa a cerveja mais encorpada. cremosa e com características que justificam seu nome. Sua coloração não tem grandes descrições, é PRETA e nada translúcida. Apresenta um espuma cremosa e de longa duração.


É uma cerveja equilibrada, de mediana carbonatação, com sabores de café, chocolate amargo e caramelo. Possui um aftertaste adstringente devido o malte torrado que permanece no fundo da boca. Sua graduação alcoólica é de 5,6% e pode ser encontrada no Empório Santa Therezinha por R$7,90 a garrafa de 310 ml.


No geral uma ótima cerveja apesar de não ser tão complexa quanto a nossa última Porter, a 3 Lobos Bravo.

Aprecie com qualidade!

Tassa e Cacá.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Imperial Porter - 3 Lobos Bravo

Olá apreciadores e apreciadoras!

Nesse feriadão vamos falar de uma cerveja surpreendente, a mineira 3 Lobos - Bravo. Um Imperial Porter produzida pela cervejaria Backer de Belo Horizonte - MG. 

Antes vamos falar sobre o estilo Porter:

O estilo Porter é muitas vezes confundido com o Stout (originalmente chamado de Stout Porter), por ter características bem semelhantes, como coloração escura, opacas e de pouca carbonatação. Resumidamente as Stouts são um subgrupo de Porters mais fortes e mais alcoólicas.


O nome Porter é uma homenagem aos trabalhadores portuários da Inglaterra, que eram inicialmente os maiores consumidores desse estilo. Existem também as subdivisões Robust Porter, natural dos EUA, mais encorpada e a Russian Imperial Porter, ou simplesmente Imperial Porter, que levavam maior adição de lúpulo para suportar as viagens até a Rússia (lembrando que o lúpulo além de conferir amargor é um agente conservante).

As cervejas do tipo Porter são difíceis de encontrar no Brasil, por não serem famosas. E foi uma surpresa para nós encontrar uma cervejaria mineira fazendo um exemplar com tamanha qualidade!


3 Lobos - Bravo:

A 3 Lobos é uma linha especial da cervejaria Backer que além da Imperial Porter Bravo é constituída pela Exterminator de Trigo, a Pele Vermelha IPA e a American Pilsen, todas com rótulos bem criativos contendo ilustrações que referem-se aos nomes.

A Bravo, como já dito acima nos surpreendeu muito! Entrou na nossa lista de prediletas com toda certeza e  recomendamos a todos. 

Uma cerveja licorosa e encorpada, que preenche a boca, de pouca carbonatação e com espuma quase ausente. O malte torrado é  evidente tanto no aroma como no sabor e é possível sentir toques de açúcar mascavo (presente na receita) e café. A maturação dessa cerveja por noventa dias em barris de Umburana confere a mesma uma complexidade  no sabor e aroma que é difícil de descrever. Possui alto teor alcoólico, de 9%. A garrafa de 355 ml saiu por R$ 14,90 no Empório Sta. Therezinha. 

Aprecie com qualidade!

Cacá e Tassa.

domingo, 22 de abril de 2012

Weizenbock - Erdinger Pikantus

Olá apreciadores e apreciadoras!

Depois de uma degustação de alguns rótulos na última sexta-feira, escolhemos o novo post: Erdinger Pikantus .

A Erdinger é uma tradicional cervejaria do sul da Alemanha, mundialmente conhecida por produzir unicamente cervejas de trigo de alta qualidade. No ano passado (2011), a marca completou 125 anos!



A Pikantus é uma Weizenbock, estilo que combina características da cerveja de trigo com a Bock. 
Portanto, vamos falar um pouco sobre o estilo bock:

Bock - Originou-se na cidade de Einbeck, no norte da Alemanha, inicialmente produzida como do tipo Ale e posteriormente firmou-se em Munique, quando passou a ser produzida como Lager. (Para relembrar as diferenças entre Lager e Ale vejam o parágrafo de leveduras do post: "Como produzir uma cerveja!".)
O estilo é definido basicamente por coloração vermelha ou marrom, pela variedade de maltes e alto teor alcoólico (normalmente entre 6% e 12%). Curiosidade: Bock é cabra ou cabrito em alemão, por isso alguns rótulos se encontra a figura do animal!

Uma Weizenbock, utiliza maltes torrados de trigo e cevada, é considerada uma Doppelbock (Doppel = duplo) por ter uma concentração maior de malte e menor de água. 

Erdinger Pikantus

Uma cerveja bem encorpada, de coloração caramelo escuro, bastante cabonatada que apresenta grande formação de espuma porém não persistente. Seu aroma é doce, possível sentir toques de mel. É uma cerveja forte, muito saborosa que remete ao malte torrado e malte de trigo. O alto teor alcoólico ( 7,3% ) é  bem perceptível ao paladar, o que torna uma cerveja muito interessante mas que não é fácil de se consumir em grande volume. 

Aos que gostam de cervejas fortes está aí uma ótima opção, principalmente para o inverno!

A garrafa de 500 ml custa entre 10 e 12 reais e foi encontrada no supermercado Good Bom em Sumaré.


Aprecie com qualidade!

Abraços,

Cacá e Tassa.




domingo, 15 de abril de 2012

Trapistas - Rochefort

Olá apreciadoras e apreciadores,

novidade no blog do Casal 20! E denovo vamos falar dos famosos monges!

O estilo trapista é muito complexo e difícil de explicar. Genericamente falando, se enquadram no tipo Belgian Strong Ales, porém, só de abrir uma já se percebe que são bem mais que isso.


Alguns especialistas as consideram as melhores cervejas do mundo e essa fama devidamente merecida eleva o custo das mesmas. E não é pra menos. As cervejas trapistas começaram a ser produzidas por monges que deram origem a uma congregação religiosa católica, a Ordem Trapista.

Atualmente esse tipo de cerveja é produzida em cervejarias comerciais reguladas pela Associação Internacional Trapista, uma entidade criada para definir regras de produção, manter a qualidade milenar do estilo e combater o uso abusivo da nomenclatura. Deste modo, dos 171 mosteiros existentes, apenas sete são autorizados a distribuição mundial do produto: seis na Bélgica (Westvleteren, Chimay, Orval, Achel, Westmalle e Rochefort) e uma na Holanda (Koningshoeven, onde são fabricadas as cervejas La Trappe).


O estilo é subdivido em Dubbel, Tripel e Quadrupel, porém essa divisão não é muita clara e possui diversas definições divergentes. Em geral pode se dizer que a nomenclatura diz respeito ao número de fermentações e a quantidade de malte, que estão diretamente ligadas as características como corpo, aroma, sabor, coloração, nível alcoólico, etc, e essas sim ajudam a separá-las.


As trapistas são normalmente degustadas em cálices específicos, conforme ilustra a imagem.


Rochefort 10

A cerveja de hoje foi um presente dos nossos amigos Guilherme Leonardi (Bombinha) e Larissa Facini.


A Rochefort, como já dito anteriormente, fica na Bélgica e produz três exemplares do estilo trapista: Rochefort 6, Rochefort 8 e Rochefort 10. Os números referem-se ao teor alcoólico.

Experimentamos a Rochefort 10, com 11,3% de alcoól. Esse volume alcoólico elevado trás um peso característico a cerveja, e equilibra perfeitamente com um sabor complexo, doce e caramelizado, bem marcante e que permanece nas boca mesmo depois de beber. Seu aroma também é doce e sua espuma espessa e duradora, possui coloração escura quase preta. Uma cerveja difícil de beber em grande quantidade. 

 A Rochefort 10 é uma excelente representante trapista, que todo apreciador deveria experimentar. Gostamos muito dessa cerveja, e entrou na lista de nossas prediletas.

Aprecie com qualidade, 
Abraços, 

Cacá e Tassa!



domingo, 8 de abril de 2012

Chocolate Stout - Rogue

Feliz Páscoa apreciadores e apreciadoras!

Para curtir o clima de páscoa o Casal 20 escolheu uma cerveja bem propícia. Cerveja de Chocolate!


Isso mesmo! Escolhemos uma Chocolate Stout da Rogue Ales, uma cervejaria dos EUA com uma gama de cervejas de vários estilos. Essa cervejaria norte americana tem uma apresentação moderna e criativa que transparece em suas cervejas e seus rótulos. Algumas são um tanto bizarras, como: a Voodoo Bacon Maple Ale, Yellow Snow IPA, Dead Guy Ale, White Frog Ale, entre outras.

Para quem quer saber mais a respeito do estilo Stout, no post sobre o Bar Brejas, falamos um pouco dele quando citamos o chopp da mais famosa stout, a Guinness.

A Rogue Chocolate Stout é uma cerveja muito forte! Difere das outras stouts por ser carregada no lúpulo, assim seus traços de café e chocolate se mesclam com o extremo amargor do lúpulo. Ao servir parece uma cerveja bem licorosa, e leva a pensar que é doce, porém ao experimentar nota-se que além de não ser nada doce, amarra a boca no final.

Essa mistura de café com lúpulo torna a cerveja muito interessante, diferente de outras stouts que não são tão lupuladas, sobressaindo apenas o sabor do café e do malte torrado.

O aroma leva um pouco de chocolate, porém no sabor é quase imperceptível, segundo o fabricante, é adicionado aroma natural de chocolate na produção.  A coloração escura e opaca é característica das stouts, já a sua carbonatação é evidente no paladar porém há pouca formação de espuma.

A caracteristica mais marcante, para a nossa surpresa, não é o aroma de chocolate, mas sim o sabor de café misturado com o amargor do lúpulo. 

Para quem gosta do estilo, e também aprecie café, é uma opção muito interessante!
Seu teor alcoólico é de 6,3% e a garrafa de 650ml saiu por R$ 35,00 no Empório Santa Therezinha.



Aprecie com qualidade,
abraços

Cacá e Tassa!


domingo, 18 de março de 2012

Happy Saint Patrick's Day - Greene King IPA

Olá apreciadores e apreciadoras,


Antes de mais nada, Feliz Saint Patrick's Day, ou em português Feliz dia de São Patrício!



Saint Patrick é o principal padroeiro da Irlanda e no dia 17 de março (data de sua morte) é celebrado não só na Irlanda mas em diversos países, principalmente os falantes da língua inglesa.

Nasceu na Bretanha no século IV em uma família muito rica. Aos dezesseis foi raptado por piratas irlandeses e levado à Irlanda como escravo.

Diz ele ter fugido de seu cativeiro atendendo um pedido de Deus. E assim, retornou ao seu país de origem e seguiu sua vocação religiosa.

Mais tarde retornou a Irlanda como bispo, para catequizar o povo celta. Dizem que usava o trevo de três folhas para explicar a Santíssima Trindade.

Com o tempo sua imagem acabou se mesclando com a figura folclórica do Leprechaun, um gnomo irlandês que veste de verde, de barbas ruivas e que usa um trevo como amuleto da sorte. Provavelmente uma forma católica de introduzir a religião na cultura irlandesa.

Sua festa é considerada a maior destinada a um santo e originou-se oficialmente em 1996. Porém muito antes já era comemorada apenas como uma celebração a cerveja.

Hoje pode-se dizer que o Saint Patrick's Day é o Carnaval Irlandês. As pessoas vão as ruas por dias, vestidas de verde, cantando e dançando. No Brasil, diversos bares fazem promoções e comemorações envolvendo o dia do santo. Uma característica é encontrar cerveja ou chopp verde além de promoções envolvendo a famosa cerveja Guinness (marca irlandesa).

Para celebrar este dia, escolhemos a cerveja Greene King I.P.A., uma cerveja inglesa patrocinadora oficial da seleção de Rugby de seu país. É uma Indian Pale Ale, ou seja fortemente lupulada portanto bastante amarga com toques adocicados no sabor e aroma. A cerveja apresenta pouca carbonatação e a  espuma formada não permanece por muito tempo. Leve, pouco encorpada e refrescante, é muito fácil de se imaginar bebendo enquanto se assiste um jogo de rugby.


Seu teor alcoólico é de 3,6% e pode ser encontrada no Empório Santa Therezinha por  R$ 14,90, mas está caro!!!!

Aprecie com qualidade!

Abraços,

Cacá e Tassa.

domingo, 4 de março de 2012

Bar do Alemão

Olá apreciadores e apreciadoras,

ontem visitamos o Bar do Alemão, ou melhor dizendo o restaurante sofisticado do alemão. Depois de visitar a Oktoberfest em Blumenau-SC e de conhecer algumas vertentes da culinária alemã, começamos a apreciar a cultura da Alemanha como um todo, por ser referencia no ramo de cervejas e comidas saborosas. 

Pesquisando pela internet encontramos o Bar do Alemão (Cambuí - Campinas), durante meses ficamos planejando visitar esse bar, mas nunca deu certo, escutávamos boas referencias a cozinha do estabelecimento, o que nos motivava ainda mais a querer conhecer o bar.

Ontem, finalmente tivemos a oportunidade da visita, e para nossa surpresa, não era nada do que estávamos imaginando. Esperávamos um bar com características tipicas alemãs, uma carta de cerveja vasta, um ambiente acolhedor e descontraído, decoração e música que remetem ao país. Porém para nosso espanto, o bar na verdade se trata de um restaurante sofisticado, a carta de cerveja é curta, fraca e muito cara, o principal prato não é alemão, sendo o Filé á Parmegiana. Tirando a entrada, o restante do restaurante não lembra nada a cultura alemã, muito menos a música ambiente que mais parecia com som de elevador.

 As opções de chopps são: Hofbräu, Nova Schin Munich, Devassa Bem Loira, Baden Baden Pilsen. A carta de cervejas possui mais opções de estilos da marca Eisenbahn, e outros da Baden Baden, todos com preço muito acima dos encontrados no mercado, a garrafa de 355ml da Eisenbah custa cerca de R$ 4,00 e era vendida por volta de R$10,00. 



Pedimos o chopp de 1 L da Baden Baden, tipo Pilsen, um chopp muito refrescante e suave, que saiu por R$ 22,00. O importada da marca HB custaria R$ 35,00. Já que estávamos num restaurante alemão, obtamos pelo prato mais típico, o Eisben cozido, joelho de porco, que acompanha purê de ervilhas, chucrute, salsichão branco e batatas cozidas, para duas pessoas custa R$ 79,00. O prato é bastante farto, e serve muito bem um casal. Para finalizar experimentamos o chopp Munich da Nova Schin, um chopp saboroso, levemente adocicado, que não chega a ser enjoativo como uma malzbier, a caneca de 500 ml custa R$ 11,00.

Em geral o bar do alemão não foi o que esperávamos, pois a final nem sequer é um bar, e sim um restaurante refinado e bastante familiar, a carta de cerveja ficou devendo para um ambiente que se diz alemão. Pela culinária vale a pena visitar, o prato que provamos era delicioso, apesar de muito caro. Fomos bem atendidos porém houve um erro na hora de fechar a conta.

Aprecie com qualidade, 
Abraços,

Caca e Tassa.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Weltenburger Kloster

Olá apreciadores e apreciadoras,



A Weltenburger Kloster é marca alemã, teve origem no monastério Weltenburg às margens do rio Danúbio. Por volta do ano de 1050, os monges passaram a produzir as primeiras cervejas da região. Essa consagrada marca alemã chegou ao Brasil através da cervejaria Petrópolis que hoje produz 4 estilos da marca, dos quais tivemos oportunidade de conhecer 2, Weltenburger Kloster Anno 1050 que foi um presente do nosso amigo Fernando (Miúdo) e a Welterburger Kloster Hefe-Weissbier Dunkel que compramos num mercado em Barão Geraldo.


Vamos começar a descrição pela Anno 1050, uma lager tradicional muito carbonatada, com espuma espessa clara e que mantem-se no copo por bastante tempo, possui coloração amarelo ouro. Além da aparência atraente, apresenta forte sabor do malte e remete ao gosto de pão. É uma cerveja saborosa, refrescante, com aroma evidente. O fabricante a classifica como cerveja do tipo abadia por utilizar as antigas receitas do monastério. Seu teor alcoólico é de 5,5%. Umas das melhores lagers que já tomamos e acreditamos que vale a pena conhecer.


Hoje experimentamos a cerveja de trigo escura da mesma marca. A Weltenburger Kloster Hefe-Weissbier Dunkel é uma cerveja produzida com maltes torrados de trigo e cevada, não filtrada e por isso bastante turva, sua coloração lembra melaço, caramelo, mel... Uma cerveja muito carbonatada, formando muito mais espuma do que a Anno 1050, com ligeiro aroma e sabor do malte torrado e caramelo, a influência do trigo no aroma e sabor é quase imperceptível. 

Essa weissbier ficou abaixo das nossas expectativas, que eram altar depois de provar a Anno 1050. Fica devendo no sabor e aroma de trigo e frutado característico das melhores cervejas desse estilo. Seu teor alcoólico é de 5,3% e pode ser encontrada a garrafa de 500ml por cerca de R$10,00. Vale apenas como curiosidade, mas não é uma das melhores cervejas de trigo que já experimentamos, ainda estamos atrás de uma cerveja de trigo escura para conhecer melhor esse estilo.


Aprecie com qualidade, 
Abraços, 

Cacá e Tassa


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Bar Brejas

Olá apreciadores e apreciadoras!

Na semana passada tivemos o prazer de visitar um renomado bar de Campinas, o Bar Brejas.

O Brejas é uma referência quando o assunto é cervejas especiais. Tem uma das maiores cartas de cervejas se não a maior da região. E ainda oferece um ambiente legal e boa trilha sonora.


A princípio ficamos sabendo que o Brejas tinha importado um chopp de uma cervejaria escocesa chamada Brewdog, a qual já haviamos experimentado as cervejas Trash Blond, Punk IPA e 5 a.m. Saint, essa última que nos foi indicada como " um soco no queixo..." realmente segue a descrição. Mas é aí que mora o perigo! A notícia era que o bar tinha recebido um barril da Hard Core IPA. E para os que conhecem os estilos musicais citados, não é díficil entender que se a Punk se assemelha a um soco, a Hard Core pode ser comparada a um golpe de tijolo! Um tijolo de lúpulo! Mas vamos deixar os detalhes para um post dedicado apenas a Brewdog.


Aos consumidores uma má notícia, cada pint de 330 ml desse chopp sai por mais de R$ 22,00.

No segundo round, pedimos mais dois chopps, Bamberg Rauchbier e Eisenbahn de trigo. O primeiro,  tipico da região de Bamberg - Alemanha, é produzido com malte defumado, caracteristica marcante desde o aroma até o ultimo gole. A palavra "rauch" vem de fumaça em alemão. Possui uma coloração escura marrom avermelhada e uma espuma bem cremosa. O chopp Weizen da Eisenbahn mistura o forte sabor de trigo com os aromas frutados (notamos toques de banana e maçã), tem uma colaração amarela turva, é um ótimo chopp de trigo e foi uma das nossas opções prediletas durante a última Oktoberfest em Blumenau-SC. Ambos os chopps custavam em torno de R$ 7,00. 

 
Para finalizar com chave de ouro, o mundialmente famoso chopp Guinness e uma clássica cerveja de trigo alemã, a Paulaner.

O chopp Guinness Draught é do tipo Dry Stout, cervejas de alta fermentação com elevado teor  alcoólico (entre 8 - 12%) criadas para suportar as viagens da Inglaterra a Rússia. Em geral são pretas e opacas, de pouca carbonatação, e possuem aroma de café, chocolate e malte torrado. Quando servido, é necessários esperar alguns segundos para que a espuma densa e muito cremosa se defina no topo do copo. É um chopp leve e facil de se beber diferente de outros experimentados durante a noite como a Hard Core Ipa e a Bamberg Rauchbier. O pint de 470ml sai por aproximadamente R$ 17,00.


A Paulaner Hefe-Weissbier é levemente carbonatada, não filtrada, portanto, extremamente turva e tem cor alaranjada muito atraente. É encorpada, refrescante e possui uma espuma excepcional quando comparada a outras cervejas de trigo, ainda mais quando bem servida.
A garrafa sai por R$ 19,90.

O bar possui a opção de Happy Hour, porém completamente desvantajoso ao cliente. Até as 20h alguns chopps, dependendo do dia da semana, entram na promoção toma 2 ganha 1. Mas o problema é que as quantidades são por pessoa e não por mesa, assim, em uma mesa com duas pessoas, seria necessário tomar 4 chopps para ganhar 2. Muito inferior a bares que adotam o sistema double. Pra fazer um Happy Hour assim, é melhor não fazer...

O atendimento fica devendo apenas na organização: pedidos que atrasam, garçons que não sabem de qual mesa é o pedido, etc.

O Brejas é bastante movimentado e possui um ambiente externo excelente para os dias de calor. No interior, a harmonização é perfeita entre o Rock e as TVs passando lutas e corridas de várias modalidades.

Um bar caro, mas que vale muito a pena conhecer!!!

Apreciem com qualidade.

Abraços,

Cacá e Tassa. 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Weizen - Bamberg

Olá apreciadores e apreciadoras!

Ficamos devendo o post da semana passada, mas vamos compensar com mais uma estréia essa semana!

WeizenbierWeissbier ou simplesmente Cerveja de Trigo!

A cerveja de trigo pertence a família das Ales, portando uma cerveja de alta fermentação, e leva esse nome pois combina malte de trigo e de cevada.

É muito consumida no sul da Alemanha, na região da Bavaria, porém, famosa no mundo tudo.
Originalmente era proibida pela Lei de Pureza Alemã (Reinheitsgebot), dizem que por interesse da família real que detinha o monopólio da cevada. Foi liberado o consumo apenas em 1850.

Um dos estilos preferidos do lado feminino do Casal 20, Camila. E não era pra menos! As Weizenbiers têm coloração atraente, entre branco, amarelo e até mesmo marrom claro, normalmente turvas, opacas, são bem encorpadas, carregadas no aroma e sabor, principalmente frutado.

As cervejas de trigo possuem alguns subtipos, vamos descreve-los e aproveitar para esclarecer alguns termos utilizados no mundo cervejeiro.

- Hefeweizen: Hefe significa levedura em alemão, esse termo é encontrado quando a cerveja não é filtrada. Assim é possivel observar sedimentos da mesma decantados na garrafa, conferindo turbidez. A maior parte das Weizenbiers não são filtradas por isso muitas vezes o termo Hefe é ocultado.

- Kristallweizen: Kristall como o próprio nome diz, refere-se as cervejas mais claras, amareladas e translúcidas. Essas, diferentes da maioria, são filtradas e não tem adição de leveduras na garrafa.

- Dunkelweizen: Dunkel, Dark ou simplesmente escura. São cervejas escuras produzidas com malte torrado, mais fortes, e que carregam sabores tostados, às vezes com toques de chocolate ou café e diferente do que muitos acreditam não necessariamente doce.

- Witbier (Belgian White): Cerveja de trigo belga, esbranquiçada devido ao amido de trigo em suspensão.
Em geral aromas cítricos.

Curiosidade: as cervejas de trigo possuem um copo específico para serem degustadas. O copo Weizen é afunilado na base e maior no topo, e permite melhor formação da espuma, desprendimento das bolhas além de possibilitar a observação da cerveja, engrandecendo seu visual.


Bamberg Weizen


A Bamberg é uma micro cervejaria de Votorantim-SP, criada em 2005.

A Bamberg Weizen é uma cerveja muita turva, que formou  pouca espuma. Tem uma coloração escura e aroma forte de trigo, que aumenta a medida que vamos degustando. É uma típica cerveja de trigo, porém não apresentou sabores frutados ou cítricos, o que conflita com a informação do fabricante. Assim, acreditamos que a degustação pode ter sido feita a uma temperatura muita baixa. Não permitindo a percepção desses aromas e a formação de espuma.

O Casal 20 se compromete em experimentar essa cerveja novamente e certificar a influência ou não da temperatura. Já que a Bamberg Weizen é medalha de ouro no concurso de melhor cerveja das américas (Copa Cervezas de América 2011).

O teor alcoólico é de 5% e a garrafa de 600ml custa R$11,55 na distribuidora Bamberg Express em Campinas (R. Dona Luiza Gusmão, 527 - Taquaral). Local onde também ocorrem degustações dos produtos desta cervejaria, todos os sábados, das 11h às 17h. O valor é de R$ 30, dois estilos de chopp à vontade. Além da venda de chopp artesanal, com o valor por litro de R$ 6,90 para o Pilsen e R$7,60 para os especiais.



Aprecie com qualidade!

Um Abraço,
Cacá e Tassa.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Lager - Heineken


Olá apreciadores e apreciadoras,

Aproveitando a deixa do post anterior, vamos conhecer um pouco sobre a cerveja Heineken, que estréia o estilo Lager aqui no blog.

Somos meio suspeitos para falar dessa cerveja, pois a Heineken é uma de nossas cervejas prediletas, além de uma excelente opção para se tomar em volume. O que a difere das demais cervejas populares é que ela pertence a categoria Premium Lager, normalmente mais lupulada e consequentemente mais amarga, enquanto as outras (Brahma, Skol, Budweiser, Itaipava, Sol, etc.) chamadas Pilsen, são na verdade American Lagers, ou seja, lagers mais aguadas, leves e refrescantes baseadas nas Pilsens ou Pilseners tchecas.

Antes de continuar descrevendo essa famosa cerveja, vamos as Lagers:

Antigamente a produção de cerveja era restrita a igreja. Os monjes da Bavaria, detentores do conhecimento, já possuiam os métodos necessários para a produção das Ales e então, na tentativa de prolongar a vida da cerveja, começaram a armazená-las em temperaturas mais baixas, em "adegas" com neve.

Então perceberam que com o tempo as cervejas se tornavam mais suaves e a mudança conquistou o gosto de muitos. Assim nasceram as Lagers, do alemão, armazém. 

Na verdade a temperatura baixa favoreceu o crescimento das leveduras das lagers, e essas foram as responsáveis pela alteração.

Hoje, as lagers são as cervejas mais consumidas do mundo. São de baixa fermentação ou fermentação a frio, como já explicado acima, em geral entre 6 e 12ºC. Sua gradução alcoólica costuma beirar os 5%, mas em alguns subtipos podem chegar em torno de 10% devido a adição de açúcar.

Normalmente as lagers não são tão encorpadas quanto as ales e também possem menos aromas e sabores frutados.


Agora o mostro Heineken!

Se tivessemos que escolher uma Pale Lager que fosse sofisticada e agradasse a todos a resposta seria Heineken! Pois ela mistura nobreza, bom gosto e popularidade ao mesmo tempo.
 

Em 2011 a Heineken invadiu o mercado brasileiro, com todos os seus produtos: lata, garrafa, keg (barrilzinho de 5 litros de chopp), chopp, long neck, etc. Além de patrocinar vários eventos, entre eles Rock In Rio e SWU. E hoje é muito fácil encontrar a Heineken nas patreleiras dos supermercados e nos cardápios dos bares e restaurantes.

Não é surpresa que essa cerveja tenha agradado tanto o consumidor brasileiro, visto que é produzida em 70 países e vendida em mais de 120! 

Um dos diferencias que vale a pena ressaltar, é que a Heineken introduziu a opção dos kegs, que caiu no gosto popular e incentivou outras cervejarias a vender nesse tipo de embalagem. O preço varia entre 35 e 50 reais. E é uma ótima opção para se tomar em grupo. Dica: é necessário que fique na geladeira por 12h antes de consumir!

A long neck aparece no mercado com preço de 1,70 até 2,00 reais.
O chopp Heineken é encontrado na distribuidora ChoppCampinas no Taquaral em Campinas-SP e sai por 7,50 o litro.

 A Heineken é uma cerveja suave, leve e relativamente amarga quando comparada com as cervejas populares (american lagers). Mesmo assim é de fácil consumo e muito refrescante.

O mais legal é que é uma cerveja boa e que se encontra em todo o lugar! Seu teor alcoolico é de 5%.


Aprecie com qualidade!


Um abraço,

Cacá e Tassa.

 

domingo, 15 de janeiro de 2012

Como produzir uma cerveja!


Olá apreciadores e apreciadoras, 


Hoje vamos mostrar um video muito interessante sobre a cervejaria Heineken na Holanda, indicação do nosso amigo Sapo (Diego). É um episódio do programa da Discovery Channel, chamado Mega Fábricas, e fala sobre toda a produção, distribuição e principalmente os padrões de qualidade da Heineken.

O vídeo é um pouco longo, mas para os que adoram essa cerveja como a gente, não vai ser nada tedioso! 



Uma cerveja é constituída basicamente por malte, lúpulo, água e levedura (na Alemanha, devido a lei de pureza "Reinheitsgebot" implantada em 1516 pelo Duque Guilherme IV da Bavaria, esses são os únicos ingredientes na produção de cerveja). Podem ser adicionados frutas, grãos, açúcar, etc. No Brasil é muito comum nas grandes cervejarias adição de outras formas de amido, como milho, substituindo parte da cevada para conferir leveza a bebida.

O que é o malte?

         O malte é o grão que iniciou o processo de germinação porém foi interrompido. Por isso existe o malte de cevada, malte de trigo... O processo de germinação é interessante pois produz enzimas (amilases e proteases) que mais pra frente no processamento, serão ativadas, e farão a conversão do amido presente no grão em açúcares fermentáveis, ou seja, que a levedura poderá utilizar para a conversão em álcool e outras substâncias. A germinação do grão é interrompida com aquecimento de forma que não haja umidade o suficiente para continuar.

Essa etapa de maltação é normalmente feita por uma empresa a parte (Maltarias), cervejarias em geral compram o malte pronto.

Conheça os diversos tipos de malte: clique aqui!


O que é o lúpulo?


    Como falamos um pouco em postagens anteriores, o lúpulo é um flor que só é produzida em climas frios. Essa flor confere a cerveja amargor, além de ser anti-bactericida.  

O lúpulo é vendido na forma de pellets conforme a segunda figura. Pode ser também encontrado como a flor ressecada ou em extratos líquidos. Porém a forma de pellet é mais prática e mais recomendada.
 
 Os alfa-ácidos presentes no lúpulo são responsáveis pelo amargor, os óleos essenciais pelo aroma e os taninos pela conservação. Cada variedade de lúpulo pode dar caracteristicas diferentes.


O que é a levedura?

 As leveduras, ou levedo, são microrganismo que convertem os açucares fermentáveis em álcool, gás carbônico, sabor e textura a bebida. A espécie da levedura utilizada define o estilo da cerveja. Cervejas de baixa fermentação como as Lagers são fermentadas com Saccharomyces uvarum que após a fermentação decantam nos tanques, por isso o nome baixa fermentação. As Ales são de alta fermentação pois utilizam Saccharomyces cereviseae, no final da fermentação forma-se uma camada espessa do fermento sobrenadando o liquido.

As leveduras de uma mesma espécie podem ter caracteristicas diferentes, que vão ser responsáveis pela identidade da cerveja. Por esse motivo, as cervejarias tomam todo o cuidado para que seu levedo seja devidamente replicado.
 
Agora vamos explicar um pouco algumas das principais etapas da produção de cerveja:

Brassagem ou Mosturação:

A brassagem é a etapa em que as enzimas, produzidas na germinação da cevada, serão ativadas e converterão o amido do malte em açúcares fermentáveis (glicose, frutose, ...).
O malte é moído para que a água entre em contato com o amido e as enzimas, acelerando o processo. Não pode ser moído demais pois atrapalhará etapas posteriores de filtração.


A água mais o malte (e outros ingredientes como amido de milho, arroz...) passarão por rampas de temperatura para que cada enzima faça seu trabalho. A temperatura tem que ser devidamente controlada, se exceder demais não será possível fermentar a cerveja. O mosto é mantido na temperatura de ação de cada enzima, começando pela de menor temperatura. Algumas dessas enzimas agem diminuindo pH, e quebrando proteínas que deixam a cerveja turva. Uma alternativa utilizada em pequenas cervejarias, que não possuem equipamentos para controlar a temperatura é manter o mosto em 65ºC que seria uma temperatura intermediaria porém, não tem a mesma eficiência do outro método.

Os açúcares não fermentáveis proporcionam corpo a cerveja. Para cada tipo de cerveja existe um perfil de tempo e temperatura.

No final da brassagem, o mosto é fervido para interromper ação das enzimas, esterilizar e facilitar a adição do lúpulo!

Em seguida ocorre a filtragem, a própria casca da cevada forma uma barreira que auxilia na filtração. Por isso o malte não pode ser moído demais.

Mais informações sobre a brassagem: clique aqui!

Fermentação:

Agora na fermentação o mosto, é adicionado da levedura, que irá fermentar os açúcares em álcool, gás carbônico e ésteres que conferem aroma e sabor. Algumas produzem menos esteres que outras. As cervejas de alta fermentação são fermentadas em temperaturas maiores, por volta de 15ºC e as de baixa fermentação em temperaturas menores por volta de 8ºC.

Para uma produção maior de gás carbonico pode ocorrer uma segunda fermentação. Ou em alguns casos adição de gás na etapa de carbonatação.

A cerveja então é engarrafada e então pasteurizada. Depois segue para a maturação!
No caso dos chopps ela seria engarrafada nos barris e seguiria para o consumo.

Maturação:

Nesta etapa ocorre alterações importantes na cerveja.

Ocorre a redução de ácidos sulfídrico (casca do malte),  acetaldeído e diacetil produzidos durante a fermentação, responsáveis pela dor de cabeça quando ingeridos (comum em bebidas de baixa qualidade).
Muitas vezes essa etapa não é respeitada em grandes cervejarias, principalmente em épocas que a demanda é grande (verão, carvanal....).
Na maturação ocorre também uma mudança no sabor e aroma, devido a alterações nos ésteres. Deixando a cerveja com caracteristicas mais complexas.

Essa etapa finaliza a cerveja, que agora sim está pronta para consumo!!!

Aprecie com qualidade!

Abraços
Cacá e Tassa